Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Mateus 11:28

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Com pesar comunicamos que foi recebido pelo Senhor na manhã desta sexta feira, 16 de agosto, o querido pastor, nosso companheiro, Edson Alves da Silva. Presidente da Assembleia de Deus Tradicional no Amazonas e Presidente de Honra da CEADTAM - Convenção Estadual da AD Tradicional do Amazonas. Pastor Edson completou 76 anos de vida no último dia 15 de abril. Há alguns dias estava internado no hospital da UNIMED em Natal (RN). Há décadas contribuindo para o engradecimento da Obra do Senhor, Ele se destaca também como o primeiro Missionário enviado pela AD em seu estado de Origem, Rio Grande do Norte no ano de 1974, quando seguiu para Madagascar, África.

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domingo, 15 de abril de 2012

3. Expectativas conjugais

3. Expectativas conjugais

Fonte: Livro Antes de Dizer Sim de Jaime Kemp

—"Você está ficando igualzinho a seu pai!"
—"Você reage que nem sua mãe!"
—"Esperava algo bem diferente do nosso casamento".
—"Quando a gente namorava, tudo ia às mil maravilhas, mas agora..."
—"Eu tinha uma certa imagem do nosso relacionamento, mas a realidade está sendo bem outra".
Essas e outras expressões semelhantes dão a idéia das frustrações, desilusões, desapontamentos e desesperos de muitos casais casados há 30 anos. Mas infelizmente com casais de apenas 1, 2 ou 3 anos de casamento acontece a mesma coisa. Desilusão é a palavra que melhor descreve o senti-
mento de muitos recém casados. Por isso todo noivo deve perguntar a si mesmo: "Quais são as minhas expectativas em relação ao casamento? Será que essas expectativas são realistas? Se estas perguntas forem respondidas honestamente, pode-se amenizar essa futura frustração. Casar com expectativas irreais e não ter os "pés no chão" por certo trará muitas desilusões nos primeiros anos do casamento.
Por essa razão, costumo conversar com os noivos sobre as suas expectativas nas seguintes áreas: papel do marido e da esposa, amor, comunicação, como resolver conflitos, sexo, finanças, sogros, filhos e vida espiritual. 
Quero mostrar por que é importante discernir as expectativas antes do casamento. Se eu casar com uma pessoa crente, o meu casamento estará seguro e feliz. A Bíblia ensina que um crente não deve colocar-se em jugo desigual com um incrédulo. Entretanto, é um erro pensar que, ao casar com uma pessoa crente todos os problemas estarão solucionados. Alguns casamentos de pessoas descren-
tes que conheço são melhores do que alguns casamentos "cristãos". O fato de ambos serem crentes não garante que o casamento será um "mar de rosas". Não me entendam al! Precisamos compreender que além deste pré-requisito principal há outros pré-requisitos importantíssimos. Entender as diferenças de personalidade, sistemas de valores, pontos fracos e fortes da outra pessoa e interesses são alguns deles. Às vezes, ambos são crentes mas a base do casamento foi a atração física. Assim a paixão romântica manipulou as emoções resultando em decisões precipitadas. A paixão dura pouco tempo e quando as desilusões tomam conta do casal, criam frustrações e desânimos e podem ser a fonte de muitas irritações e brigas. Em nosso casamento não haverá discórdias e brigas como tem acontecido com nossos pais.
Após as minhas aulas no seminário para jovens, uma noiva prestes a se casar disse com certo orgulho:
—"Jaime, quero que você saiba que durante o nosso namoro e noivado nunca discutimos ou brigamos".
—"É mesmo?", respondi.
—"Sim, nunca brigamos, não é maravilhoso, pastor Jaime?".
Eu não queria tirar a alegria daquela moça, mas pensei cá com os meus botões: "Será que eles têm um relacionamento profundo? Será que não vão 'cair do cavalo' logo após o casamento? Porque a verdade é que, mais cedo ou mais tarde, mesmo que tenham um bom nível espiritual, as pessoas terão alguma discórdia. Este é um dos processos de alcançar maturidade e aprofundar o relacionamento. Como seria chato e triste o casamento se não houvesse alguma diferença de opinião, sentimentos ou idéias. Conflitos fazem parte de um relacionamento profundo. O importante é saber como resolver o conflito.
Imaginemos um casal onde a esposa vem de uma família que não tinha costume de gritar ou levantar a voz. Por outro lado, o marido vem de uma família explosiva, A comunicação era na base da gritaria e ganhava quem gritasse mais alto. 
Quando ocorrer um desentendimento entre eles, a confusão vai reinar no lar. Por quê? Porque cada parte interpretou reações e ações conforme experiências e costumes da sua casa. Os conflitos não são necessariamente negativos. Eles podem ser construtivos. Por isso é bom que o casal saiba que conflitos surgirão e é necessário estar preparado para lidar com eles de maneira correta. 
Ele vai liderar o culto doméstico todos os dias. O conceito que a esposa tem de um "líder espiritual" pode ser bem diferente do conceito que o marido tem. Esposas casadas há poucos anos tem-me falado: "Antes de casar nós líamos a Bíblia e orávamos juntos. Era que nem meu pai sempre fazia em casa. Mas agora...".
A Bíblia diz que o marido deve liderar o seu lar. Isto significa que, entre outras coisas, ele deve suprir as necessidades materiais da sua família, cuidar do ambiente emocional do seu lar e ter uma vida exemplar. Se o marido está fazendo essas coisas, ele está caminhando bem. A esposa, porém, por causa da formação que recebeu, pode entender que o bom líder espiritual é aquele que faz cultos domésticos todos os dias. Mas o marido não entende que deve ser assim.
É claro que as expectativas serão frustradas. Ela será como a minha mãe—uma mulher virtuosa!
Certamente ser como a mulher virtuosa descrita em Provérbios 31:10-31 é um lindo alvo para toda mulher. Mas, se o marido ficar exigindo isso da esposa, ela poderá ficar frustrada e desanimada. Para alcançar esse tipo de maturidade leva tempo e esforço e exige muito encorajamento e paciência por parte do marido. 
O marido que espera que sua jovem esposa vá cozinhar como a mamãe ou como a vovó, deve-se preparar para uma surpresa. Como sua esposa vai poder concorrer com alguém com 20 ou 30 anos de experiência?
Nosso relacionamento sexual será sempre romântico e cheio de prazer!
Concordo que o relacionamento físico deve ser romântico não somente nos primeiros anos mas também depois de 20 anos de convivência. Na prática, entretanto, nem sempre é assim. 
Os filmes, revistas e outros meios de comunicação apresentam o sexo como um meio de satisfação e prazer sem exigir um compromisso. O relacionamento sexual entretanto, exige compromisso e tempo de aprendizagem. A esse propósito recomendo para os noivos o livro "O Ato Conjugal" de Tim e Beverly LaHaye. Esse livro mostra alguns problemas e como eles podem ser solucionados. O sexo não pode ser separado das outras áreas do casamento. Se há problemas não resolvidos (com sogros, dinheiro, filhos), a pessoa não pode esperar que a "experiência da cama" será uma maravilha. A relação física começa pela manhã quando o marido se despede da esposa com um beijo. As tensões surgem quando o casal não reconhece que o sexo, além de ser uma experiência física, é também uma experiência mental, emocional e espiritual. Sabendo de antemão que os problemas vão surgir, é preciso estar preparado para resolvê-los. Disso vai depender o resultado de um casamento feliz ou infeliz.  Passaremos todo o nosso tempo de lazer juntos tendo os mesmos interesses, "hobbies" e atividades esportivas.
Parece que seria ideal se o casal tivesse os mesmos interesses, "hobbies" e gostasse de praticar os mesmos esportes.
Mas a realidade não é essa. Minha esposa e eu jogamos tênis juntos. Gostamos de natação. Por outro lado, eu gosto de voleibol e ela não. Há interesses diferentes e não há nada de errado com isto. É importante que o marido pratique algum esporte com outros homens e que a esposa desenvolva ativi-
dades com outras senhoras. Não é errado passar algum tempo separados. De vez em quando é bom estarem separados para desenvolverem maior apreciação um pelo outro. 
Todos os noivos se casam com expectativas quanto ao casamento. Algumas são conscientes e outras não. As inconscientes estão enterradas e as pessoas não percebem que elas criam frustrações, ansiedades e insatisfações no casamento.
Que essas considerações possam ajudar a desfazer as expectativas irreais que criam muita desilusão e descontentamento nos primeiros anos do casamento.
Apresento a seguir uma avaliação para ser feita no aconselhamento pré-conjugal. Cada parceiro deve fazer a avaliação individualmente e depois comparar suas respostas na presença do pastor ou conselheiro.  Se não houver um conselheiro à disposição, mesmo assim os noivos poderão fazer as avaliações deste livro, e depois analisar juntos, conversando abertamente sobre as questões
em que apresentam diferenças de opinião.


SETOR 5